Este breve fichamento sobre escuta Psi serve de apoio a profissionais que lidam diretamente com questões da Psique humana.
O olhar e a escuta são elementos
complementares no processo de análise dos fenômenos sociais. Para Weffort
(1997) apud Souza , não ouvimos realmente o que os outros falam, e sim o que se
quer ouvir. (reflexão)
Freud (1976) apud Souza [...] seu
método psicanalítico, surge e se desenvolve na escuta e para escuta singular...
Essa escuta difere-s
e da audição. A audição permite à apreensão/compreensão de
vozes e sons audíveis, a escuta clínica refere-se à apreesnsão/compreensão de
expectativas e sentidos.
A escuta também é um elemento que
pode contribuir acerca da atuação do psicólogo no ambiente escolar. A escuta
está atrelada ao olhar que precisam ser clínicos.
- Um importante aliado ao
procedimento clínico é o respeito, ou melhor, a sensibilidade ao que é ambíguo,
ao duplo sentido e a hipercomplexidade.
Existe nessa escuta, assim como
na interpretação que acompanha, uma primeira forma de multirreferencialidade e
a linguagem do outro, sua indexabilidade que é fundamental aprender e falar,
para encontrar os diversos fios de sua pré-história e os seus avatares de seus
desejos.
Para se diferenciar da escuta
pedagógica o profissional deve adquirir uma atitude clínica, onde se possa
efetivamente escutar atentamente os professores no espaço e traduzir o
subentendido de suas falas (FERNADAEZ, 1991)
Contudo, a escuta se impõe como
fator imprescindível no que se refere ao temporal, “ Aquilo não-dito”
O Psicopedagogo, enquanto
terapeuta é um sujeito que “ legaliza a palavra do paciente, [...] alguém que
com sua escuta outorga valor e sentido à palavra de quem fala, permitindo-lhe
organizar-se (começar a entender-se), precisamente a partir de ser ouvido”
FERNADEZ, 1991,p.126)
Possibilitando, vez e voz para
expressarem-se oralmente e/ ou através de mensagens subliminares.
“ao paciente organizar-se e dar
sentido ao discurso a partir de um outro que escuta e não desqualifica, nem
qualifica”. Somente a partir das fraturas do discurso, por um lado, e de nos
aproximarmos, por outro, por encontrar o dramático, resgataremos o interesse, o
original dessa história.
Pois, “ são as palavras, ou sua
ausência, associados com a cena penosa, as que dão ao sujeito os elementos que
impressionarão sua imaginação”. Assim, a função da escuta psicopedagógica não é
fazer o paciente confessar o tido como importante, mas sim, garantir ao
indivíduo a possibilidade de que fale do que realmente carecer de importância.
1 – Escuta – Olhar –
Escutar-olhar o outro e mais nada. “ escutar não é sinônimo de ficar em
silêncio, como olhar não é ter olhos abertos”
2 – Deter-se nas fraturas do discurso
3 – Observar e relacionar com o
que aconteceu previamente à fratura
4 – Descobrir o esquema de ação
5 – Buscar a repetição dos
esquemas de ação
6 – Interpretar a operação, mais
do que o conteúdo
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