segunda-feira, 22 de julho de 2013

A Escuta Psicopedagógica aos professores na escola

Este breve fichamento sobre escuta Psi serve de apoio a profissionais que lidam diretamente com questões da Psique humana.   


O olhar e a escuta são elementos complementares no processo de análise dos fenômenos sociais. Para Weffort (1997) apud Souza , não ouvimos realmente o que os outros falam, e sim o que se quer ouvir. (reflexão)
Freud (1976) apud Souza [...] seu método psicanalítico, surge e se desenvolve na escuta e para escuta singular... Essa escuta difere-s
e da audição. A audição permite à apreensão/compreensão de vozes e sons audíveis, a escuta clínica refere-se à apreesnsão/compreensão de expectativas e sentidos.
A escuta também é um elemento que pode contribuir acerca da atuação do psicólogo no ambiente escolar. A escuta está atrelada ao olhar que precisam ser clínicos.
- Um importante aliado ao procedimento clínico é o respeito, ou melhor, a sensibilidade ao que é ambíguo, ao duplo sentido e a hipercomplexidade.
Existe nessa escuta, assim como na interpretação que acompanha, uma primeira forma de multirreferencialidade e a linguagem do outro, sua indexabilidade que é fundamental aprender e falar, para encontrar os diversos fios de sua pré-história e os seus avatares de seus desejos.
Para se diferenciar da escuta pedagógica o profissional deve adquirir uma atitude clínica, onde se possa efetivamente escutar atentamente os professores no espaço e traduzir o subentendido de suas falas (FERNADAEZ, 1991)
Contudo, a escuta se impõe como fator imprescindível no que se refere ao temporal, “ Aquilo não-dito”
O Psicopedagogo, enquanto terapeuta é um sujeito que “ legaliza a palavra do paciente, [...] alguém que com sua escuta outorga valor e sentido à palavra de quem fala, permitindo-lhe organizar-se (começar a entender-se), precisamente a partir de ser ouvido” FERNADEZ, 1991,p.126)
Possibilitando, vez e voz para expressarem-se oralmente e/ ou através de mensagens subliminares.
“ao paciente organizar-se e dar sentido ao discurso a partir de um outro que escuta e não desqualifica, nem qualifica”. Somente a partir das fraturas do discurso, por um lado, e de nos aproximarmos, por outro, por encontrar o dramático, resgataremos o interesse, o original dessa história.
Pois, “ são as palavras, ou sua ausência, associados com a cena penosa, as que dão ao sujeito os elementos que impressionarão sua imaginação”. Assim, a função da escuta psicopedagógica não é fazer o paciente confessar o tido como importante, mas sim, garantir ao indivíduo a possibilidade de que fale do que realmente carecer de importância.
1 – Escuta – Olhar – Escutar-olhar o outro e mais nada. “ escutar não é sinônimo de ficar em silêncio, como olhar não é ter olhos abertos”
2 – Deter-se nas fraturas do discurso
3 – Observar e relacionar com o que aconteceu previamente à fratura  
4 – Descobrir o esquema de ação
5 – Buscar a repetição dos esquemas de ação

6 – Interpretar a operação, mais do que o conteúdo 



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